Frases que parecem inofensivas… mas carregam preconceito contra bruxas
- Daeva Matricardi
- 26 de mai.
- 2 min de leitura

“Não vá jogar feitiço contra mim, tá? Kkk”
Parece piada, mas não é. Quando você solta essa frase, está pressupondo que uma bruxa usaria seu tempo, sua energia e seus recursos para lançar feitiços contra alguém... só por existir. Essa fala é carregada de desinformação e medo infundado — e sim, é preconceituosa. A prática mágica é sagrada, e não se move por ego ou birra. Fazer esse tipo de piada reforça estereótipos e desumaniza quem trilha um caminho espiritual diferente do seu.
“Não gosto da energia daquela pessoa porque ela trabalha com bruxaria”
Cuidado. O que você chama de "energia estranha" pode ser apenas sua intolerância vibrando alto. Conheço bruxos que trabalham com magias de banimento e maldição e que têm uma consciência energética muito mais elevada do que muito adepto do “amor e luz” que teme karma mas não respeita os caminhos alheios. Julgar alguém pela prática espiritual que escolheu é, novamente, preconceito. E o universo ouve esse tipo de julgamento.
“Ela é bruxa, ninguém vai querer namorar com ela”
Ah, o preconceito disfarçado de opinião. Por que uma mulher que se conhece, se respeita e cultiva sua espiritualidade seria menos digna de amor? Porque ela lê cartas? Porque honra seus ciclos? Porque conversa com ancestrais e dança ao redor do fogo? O que essa frase realmente diz é: “Tenho medo de uma mulher que se empodera.” E isso diz muito mais sobre você do que sobre ela.
“Você acredita nessas coisas? Isso é coisa do demônio.”
Esse comentário revela não só intolerância religiosa, como um total desconhecimento sobre práticas espirituais que existem há milênios. Associar tudo que não se compreende ao “mal” é uma forma de colonizar espiritualmente o outro. E bruxaria não é sobre o que você teme — é sobre o que você ignora.
“Ela só fala de espiritualidade, deve ser doida.”
O que realmente te incomoda: o tema… ou o fato de alguém não viver anestesiado como a maioria? Espiritualidade não é loucura. Loucura é viver desconectado de si mesmo, dos ciclos da Terra e das forças invisíveis que movem tudo. Invalidar uma mulher espiritualizada é um reflexo claro de uma sociedade que ainda teme mulheres despertas.
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