O medo de fazer uma consulta de Tarot: mitos, receios e a verdade por trás das cartas
- Daeva Matricardi
- 12 de mai.
- 2 min de leitura

É comum que muitas pessoas tenham receio de fazer uma consulta de Tarot.
“Tenho medo do que vou ouvir.”
“E se sair algo ruim?”
“E se eu descobrir que algo horrível está prestes a acontecer?”
Essas perguntas surgem com mais frequência do que se imagina.
O medo, muitas vezes, está enraizado em uma imagem distorcida do Tarot, alimentada por filmes de terror, místicas sensacionalistas e crenças religiosas que pintam as cartas como um instrumento sombrio ou proibido. Mas a verdade é que o Tarot não é um oráculo de condenação. Ele é, acima de tudo, uma ferramenta de autoconhecimento, orientação e clareza.
Tarot não prediz o "fim do mundo"
O Tarot não é uma sentença. Ele não existe para assustar, mas para mostrar caminhos. Ao contrário do que se pensa, cartas como A Morte, A Torre ou O Diabo não trazem necessariamente tragédia. Esses arcanos falam sobre transformações, quedas de ilusões e desafios internos — elementos necessários para o crescimento humano.

Segundo autores como Rachel Pollack, no livro "78 Degrees of Wisdom", o Tarot revela aspectos do inconsciente e abre espaços para mudanças.
O medo que sentimos frente às cartas geralmente é o medo de nos encararmos com honestidade.
Medo de descobrir o que já se sente
Muitas vezes, o Tarot apenas confirma o que a pessoa já intui. O que assusta não é a revelação em si, mas a confirmação de algo que estava sendo evitado. E é justamente a partir dessa clareza que se torna possível agir. O Tarot não é o causador da dor, mas a chave que revela a porta de saída.
Tarot como guia, não como juiz
Uma boa leitura de Tarot não julga, não condena, não manipula. Ela mostra possibilidades. Ela ilumina cenários. E mais importante: ela respeita o livre-arbítrio. Nenhuma carta tem o poder de definir seu futuro de forma absoluta. Elas mostram o clima, mas você decide o caminho.

A taróloga Mary K. Greer afirma que o Tarot não é sobre prever o futuro, mas sobre "criar consciência do que pode ser feito com o que se sabe". A partir disso, você ganha poder de escolha.
Acolhimento e preparo do tarólogo também importam
Um dos pontos mais importantes para quem está receoso é buscar um profissional que trabalhe com empatia, escuta ativa e postura acolhedora. Um tarólogo sério não está ali para impor medo, mas para ajudar. A experiência pode (e deve) ser transformadora, e não traumatizante.
Em vez de medo, abraço: o Tarot como ferramenta de cura
O Tarot não existe para assombrar. Ele existe para libertar. Para colocar luz onde antes havia dúvida. Para dar nome ao que o coração já sentia, mas não sabia expressar. Para mostrar que você tem escolhas, mesmo quando tudo parece estar fora de controle.
Consultar o Tarot é um ato de coragem, sim. Mas também é um ato de amor-próprio. Porque quem busca a verdade, está se preparando para viver com mais consciência.
E não há nada mais poderoso do que isso.








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